Tuesday, August 12, 2008

Geometria Sagrada

J. A. Wheeler, no livro Gravitation, publicado em 1971, considerou um conjunto infinito de universos, cada um com leis físicas constantes e variáveis. A maioria desses universos poderia ser natimorta, incapaz de, por força da sua física e da sua geometria peculiares, permitir que qualquer acção interessante ocorresse no seu interior. Apenas aqueles que se iniciam com as leis devidas e as constantes físicas podem desenvolver-se para um estágio em que possam tomar consciência de si mesmos. Assim, o nosso universo exis­tente, capaz de sustentar o nível material de existência, é por sua própria natureza um caso especial, com uma física apropriada e, por conseguinte, uma geometria para a existência. Essa geometria subjacente, reconhecida desde a aurora da humanidade como algo espe­cial, é de facto um arquétipo da natureza única dessa fase da criação que possibilita a existência do mundo material. Cada vez que se pro­duz uma forma geométrica, faz-se uma expressão da unicidade uni­versal; ela é ao mesmo tempo única em tempo e em espaço e tam­bém eterna e transcendente, representando o particular e o universal.

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