No Zohar, encontramos a seguinte citação: «A Árvore da Vida estende-se de cima para baixo e o Sol ilumina-a toda.»
Ainda a propósito da árvore invertida, Mircea Eliade também cita, entre muitas outras referências, o folclore islandês e finlandês, onde se colocava no altar uma árvore invertida, sendo o mesmo ritual encontrado também em tribos australianas.
No Bhagavad-Gita também é expressado o simbolismo hindu da árvore invertida. Nos Upanixades, o universo é representado como uma árvore invertida. O Rig-Veda especifica: «é para baixo que se dirigem os seus ramos, é em cima que se encontra a raiz, que os seus raios desçam sobre nós!».
Eliade refere ainda uma tradição segundo a qual Platão teria afirmado que o homem é uma árvore invertida, cujas raízes se estendem para o céu e cujos ramos mergulham na terra.
Há muitos outros exemplos, mas creio que estes chegam para nos fazer pensar um pouco no conceito, tão comum nestes tempos modernos, de que o crescimento e a evolução espiritual são necessariamente uma ascensão, uma subida da Terra ao Céu. Será mesmo assim?...
Termino com uma bela imagem de uma árvore invertida, de Christina Burch.