Eu tenho-me interrogado sobre isso, se será ou não vital pertencer a um grupo que partilhe, pelo menos em parte, a nossa visão espiritual. Ainda não tenho respostas, mas para aqueles que tal como eu se debatem com este dilema, gostaria de deixar um pensamento de Paul Connerton, do seu livro Como as Sociedades Recordam, em que o autor diz que aquilo que une as nossas memórias não é o facto de serem contíguas no tempo, mas o facto de fazerem parte de um conjunto de pensamentos comuns a um grupo. Para Connerton é através da pertença a um grupo social que os indivíduos são capazes de adquirir, localizar e evocar as suas memórias.
Interessante, não é? E certamente dá que pensar… Assim, na demanda espiritual solitária, que acontecerá então às nossas memórias não partilhadas e que não conseguimos enquadrar na vivência espiritual de nenhum grupo? Desvanecem-se na bruma?...
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