A análise dos antigos símbolos não se pode dissociar da percepção de que estes símbolos foram criados num universo diferente do nosso, quer no aspecto intelectual quer no aspecto sensível.
Guy Bechtel alerta-nos e insiste que nem sequer os sentidos dos nossos antepassados são exactamente iguais aos de hoje, "uma vez que a vista ainda não tinha assumido o papel preponderante e capital que tem actualmente". Os nossos antepasados "viviam num universo de totalidade, onde os sons, as formas, os cheiros, as cores e também os símbolos que encarnavam essas qualidades físicas dominavam tudo e encontravam eco nos homens. Esse mundo da totalidade desapareceu um belo dia e, para nós, tudo passou a ser organizado sob a óptica da vista".
Paracelso, por exemplo, ainda nos diz que é essencial "discernir o odor do objecto estudado".
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