Wednesday, December 30, 2009
Peregrinos
Monday, December 21, 2009
Feliz Solstício!
Friday, December 18, 2009
Tuesday, December 15, 2009
KYMATICA
Kymatica é um documentário de 2009 muito interessante e inovador, ainda que bastante controverso e, por vezes, pouco documentado. Mas, que nos apresenta ideias que merecem refexão. E que nos dá uma visão abrangente da espiritualidade, centrando-se na humanidade como um todo, focando a ideia da evolução e salvação de toda a humanidade e não tanto de cada indivíduo isolado.
Cymatics, do grego “κύμα” (kyma), que significa onda, e “τα κυματικά” (ta kymatica), que significa assuntos relativos às ondas, é o estudo dos fenómenos de onda.
Monday, December 14, 2009
E se a vida fosse apenas uma viagem?
"Bill Hicks costumava terminar os seus espectáculos assim: a vida é como uma viagem num parque de diversões. E quando optas por viajar, julgas ser real, pois é o quanto poderosas as nossas mentes são. Na viagem, sobes e desces, andas às voltas, tens emoções fortes e é muito brilhante e colorida. Há muito barulho e é divertido por um bocado.
Alguns viajam há muito tempo e começam a questionar: será isto real? Ou é só uma viagem?
E outros lembram-se, viram-se para nós e dizem:
- Ei, não te preocupes, não tenhas medo, nunca. Isto é só uma voltinha.
E matamos essas pessoas.
- Calem-no! Investi imenso nesta viagem, calem-no! Olhem para a minha conta bancária e para a minha família... isto tem que ser real.
E é só uma voltinha. Mas matamos sempre aquelas boas pessoas que nos dizem: já reparaste?
Mas não importa, porque é só uma viagem. E podemos mudá-la sempre que quisermos.
É apenas uma escolha. Sem esforço, sem trabalho, sem profissão, sem poupanças. Só uma escolha, agora mesmo. Uma escolha entre o medo e o amor."
Friday, December 11, 2009
Espaço-tempo mágico
Mas vamos lá tentar explicar isto um pouco melhor. :)
Em primeiro lugar, convém que estejamos familiarizados com a noção de espaço curvo. E nem sempre estamos. Pensamos muitas vezes em termos de geometria plana, como se fosse tudo o que existe, mas não é assim. A geometria plana é a que nos foi ensinada pelo matemático grego Euclides, há mais de 2000 anos. Sem dúvida muito útil. Mas não é uma formulação única. Einstein descobriu que as leis da geometria plana, ou euclidiana, são válidas apenas em regiões restritas do espaço, não se aplicando ao universo em larga escala.
Devemos ter em atenção que quando dizemos, por exemplo, que a soma dos 3 ângulos de um triângulo é 180º, que isso é verdadeiro, mas só é verdadeiro na geometria plana, isto é, só é verdadeiro nas superfícies da geometria plana. Numa superfície da geometria curva, estes cálculos não são correctos. E se na relatividade especial, as propriedades métricas implicam que o espaço-tempo é geometricamente plano, na relatividade geral, apresentam-nos um espaço-tempo curvo. E lá porque não somos capazes de imaginar um espaço curvo tridimensional, isso não quer dizer que não exista ou que não possa existir. É um bocado como a ideia que temos da terra: quando andamos na rua da nossa cidade, o mundo parece-nos plano, mas quando o vemos do espaço, vemo-lo curvo.
A relatividade geral apresenta igualmente uma nova conceptualização do tempo, o tempo e o espaço tridimensional passam a ser visualizados matematicamente como uma estrutura única, de quatro dimensões, chamada espaço-tempo. Um acontecimento seria assim um ponto no espaço-tempo. Mas pontos no espaço-tempo também são chamados eventos. Cada evento ou acontecimento é, então, definido por quatro coordenadas, referindo uma delas a velocidade com que um observador se move no tempo.
Consideremos, agora, que aumentamos a velocidade com que um observador se move no tempo, até atingirmos a velocidade da luz. Que aconteceria? Depararíamos com a fronteira que a ciência chama de horizonte de evento, ou horizonte de acontecimento. Todo o nosso universo observável aparece, assim, limitado pela fronteira do horizonte de acontecimento. Não se trata de uma fronteira física, é o ponto de mudança, a partir do qual as concepções de espaço e de tempo, tal como as consideramos no nosso dia-a-dia, pura e simplesmente deixam de funcionar.
Num espaço curvo, atravessando a fronteira que é o horizonte de acontecimento, poderíamos entrar no mundo do aqui e agora, onde todos os espaços e todos os instantes são solidários, ou seja, são o mesmo espaço e o mesmo instante. Tudo é aqui e agora.
Em termos físicos, nem o nosso corpo nem a nossa mente poderiam sobreviver à passagem do horizonte de acontecimento, mas e o nosso espírito, a nossa alma? Poderemos considerar a hipótese do nosso espírito abandonar o nosso corpo e a nossa mente e, sozinho, ultrapassar a velocidade da luz e atravessar o horizonte de acontecimento, entrando assim no espaço-tempo mágico?
Le villi, 1906 by Bartolomeo Giuliano.